Não acredito em signos zodiacais, mas sou pisciano. Logo, acredito em signo, magia, duendes e em como uma pulseira que eu tinha na terceira série e perdi definiu o rumo da minha vida, pois estava investida com poderes mágicos.
Não sou infantil e imaturo, mas adoro e consumo intensamente todo o tipo de produto cultural. Isso inclui livros, quadrinhos, séries, filmes, músicas e games, e a maioria envolve super-heróis, fantasia e coisas quase impossíveis de acontecer… Porém, é óbvio que esse “quase impossível” é mentira. Todos sabemos (silepse identificada!) que, se algo pode ser imaginado, pode acontecer ou ser feito. Deixar a mente viajar, portanto e aguardar que uma aventura aconteça a qualquer momento não é imaturidade, mas puro realismo (a colisão de dimensões do multiverso é uma realidade!).
Sou objetivo e direto no que quero, a menos que exista mais de uma opção possível. Nesse caso, eu posso passar algum tempo considerando o leque que se abre a minha frente, coisa rápida, algo em torno de oito anos apenas.
Não gosto de me questionar sobre coisas as quais não obterei respostas, mas o que diabos, afinal, estamos fazendo aqui? Sério que eu nasci apenas porque duas pessoas estavam a fim de ter um filho, sem nem ter ideia de mais nada? Podiam ter comprado um cachorro… Qual é meu dom, afinal? O que eu consigo fazer da vida para me comunicar com a alma das pessoas, ser feliz e fazê-las felizes? Alguma sugestão, alguma dica? Querem me colocar para trabalhar em um filme? Cá estou, me chamem. Estou quietinho, sem me questionar de nada não!
Sou um behaviorista, tão calcado nessa lógica de que o comportamento define e programa as pessoas que quase ignoro esse universo subjetivo, intenso e individual que carregamos em nosso inconsciente e que sobredetermina nossas ações. No entanto, obviamente, uma vez identificando esse self é impossível não compreender que, se descobrindo, esforçando-se para tirar amarras e até mesmo aceitando seu próprio desejo como seu, podemos advir o sujeito de onde antes era o Isso… Enfim, totalmente behaviorista!
Sou sóbrio e defendo hábitos saudáveis, uma vida de exercícios e comedimento, mas gosto de viver com intensidade. Logo, aquela birita a mais num encontro com amigos, dormir às quatro da manhã por estar fazendo algo sensacional que te tira o sono e a noção de tempo, comer gulosamente (de tudo) quando o sabor é delicioso, e se jogar em um sofá vendo filmes por 8 horas são apenas detalhes pontuais… Uma vida quase espartana, obviamente.
Sou quieto e gosto de ficar no meu canto lidando apenas com minhas questões e minha imaginação, mas me conecto demais com diferentes pessoas e não consigo deixar meus amigos e familiares de lado. Logo, eu estou sempre falando sobre alguma coisa que foge da minha rotina e vivendo um pouco de cada pessoa que conheço, o que contribui para o mosaico que é minha cabeça. E eu amo isso! (obrigado a todos, btw).
E aí?
No final das contas, não sou tantas coisas que me permito ser tantas outras. Ou seria o contrário? Sou algumas coisas que não me permitem ser outras? Acredito ter potencial para tanta coisa que acabo não escolhendo direito (Vamos fazer um filme, escrever histórias e virar comediante, ao mesmo tempo em que sou professor, psicólogo, médico holístico e avaliador de séries?).
No íntimo do ser, nossas várias faces se condensam, mesclam, brigam, dão as mãos e caminham juntas. Somos complexos e não tentemos ser simplistas, podemos ser simples, leves, mas isso passa por admitir nossa complexidade, por admitir que somos paradoxais, com emoções complementares e dissonantes e concomitantes.
Pode dizer que a gente não tem a mínima ideia do que está fazendo, não é vergonha não! É até libertador, na verdade, e te permite arriscar mais, pois admitimos uma busca (de sentido, prazer, propósito, romântica, de reconhecimento, etc.) pela vida.
Afinal de contas, ainda acho (só acho, porque certeza é um negócio tão difícil e chato) que o caminho vale mais que a chegada (O Destino de Anita, lembra?). Bora fazer perguntas, pois uma pergunta interessante é mil vezes mais criativa e incrível que uma resposta bem elaborada (com enunciado e conclusão – “dois dedos de parágrafo, e não esqueçam de permanecer nas linhas!”).
Perguntar é buscar e buscar significa se mover: a vida se resume a movimento. Seja na visão científica ou religiosa, a vida e a natureza se move, começou se movendo, agitando tudo. Seja numa explosão que expande num ínfimo de tempo (inexistente até então) tudo o que existe e mescla elementos químicos em caldeirões borbulhantes; seja o espírito de Deus pairando sobre as águas e depois dando um monte de ordens que organizam as coisas, tudo se move.
Por que você ficaria imóvel, então, com sua mente estagnada nas respostas que você acha que tem? Sentir as emoções e pensamentos se revirando dentro de você pode incomodar, mas é o que te prova estar vivo… Talvez!
Mais uma foto do nosso glorioso Adam em seus tempos de aprendiz. E aposto que a imagem só ficou legal porque o modelo (em seu início de faculdade) era bom, com todas as suas obturações aparecendo!
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