Renan De Simone

Autoridades destacam importância do setor automotivo para o país na abertura do 27º Congresso da Fenabrave (agosto/2017)

Com o tema “Confiança. É preciso acreditar para vencer”, o 27º Congresso & Expo Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição dos Veículos Automotores) – realizado entre 08 e 09/08, na capital de São Paulo – teve sua palestra magna de abertura marcada pela presença de autoridades como presidente da República, Michel Temer; governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin; presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; prefeito da capital paulista, João Doria; presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Antonio Megale; entre outros, incluindo presidentes e representantes da Aladda (Associação Latino-americana de Distribuidores Automotivos, na sigla em espanhol), Fenacodiv, de associações de marca e Sincodivs de todo o Brasil.

Alarico Assumpção Jr., presidente da Federação, declarou que o setor apoia integralmente as reformas realizadas e as em curso no país, como a trabalhista, pois entende que são necessárias para o crescimento do Brasil. “A travessia ainda é longa, mas já vemos mudanças”, disse Assumpção. Sob aplausos, completou “aproveito para fazer um pedido aos líderes políticos aqui presentes, em especial ao presidente Temer: que escreva seu nome na história deste país como o governante que promoveu a reforma tributária, tão necessária e aguardada para desonerar o trabalhador brasileiro”.

O presidente da Fenabrave ainda ressaltou a importância da união e proatividade do setor. “Temos de ter atitude e investir em pilares sólidos como educação e representatividade empresarial e política para participar da transformação. A Federação já deu importantes passos nesse sentido, a exemplo da criação da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Setor da Distribuição de Veículos e da Mobilidade, encabeçada pelo deputado Herculano Passos e que já tem propostas sólidas, como a do Renave (Registro Nacional de Veículos Usados)”.

O poder da iniciativa privada para o emprego

“Temos de olhar o país sob a perspectiva de brasileiro com brasileiro e não contra brasileiro, como alguns pregam. Este é um governo reformista que visa colocar o Brasil nos trilhos para as próximas administrações. Estamos trazendo o país para o século XXI e isso exige esforço e confiança”, pontuou Temer em seu discurso.

O presidente da república elencou as reformas em curso, destacando a importância da previdenciária para o equilíbrio fiscal do país. Além disso, Temer explicou o apoio ao setor privado. “Temos privilegiado a iniciativa privada, pois é ela que combate o desemprego. Sem o agronegócio e a indústria, não há emprego”. Ele ainda enfatizou que concessões e privatizações ainda devem e precisam ser realizadas para o país prosperar.

Alckmin também pontuou a importância da iniciativa privada, em especial da indústria automotiva. “É um setor extraordinário, dinâmico, com tecnologia e forte na geração de empregos. E em apoio a ele, São Paulo deve ser o primeiro estado do Brasil a assinar o Renave, pois reconhecemos que é um dispositivo que visa desburocratizar e reduzir a informalidade”. Quanto ao último tópico, o governador paulista disse ainda que este deve ser o foco das ações para o país, aliado à geração de renda e uma mudança no modelo político exaurido atual.

O Estado deve ser reduzido, segundo Rodrigo Maia, “cabendo a ele o papel de garantir segurança jurídica”. O deputado disse ainda que o povo brasileiro não aguenta mais pagar impostos que resultam em nada mais que a ineficiência do Estado. Se ele diminuir, afirmou, os setores produtivos poderão gerar mais empregos.

Maia realçou que é preciso, sim, garantir o equilíbrio das dívidas do governo e que reformas como as da previdência são necessárias. “No entanto, é preciso acabar com privilégios e não com direitos”. Para exemplificar, o deputado citou que o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) concentra 20% do crédito do país e que cerca de 70% desse valor é destinado a empresas que movimentam bilhões. “Assim, o mercado financeiro e de crédito é ruim para a pequena e média empresa e só beneficia gigantes. Isso precisa mudar”.

O presidente da Câmara encerrou dizendo “que o fácil e irresponsável discurso do populismo gerou 14 milhões de desempregados e que o modelo político precisa ser revisto”.

Conteúdo produzido por Moraes Mahlmeister Comunicação. Texto de Renan De Simone; edição e revisão de Matheus Medeiros. Publicado pelo site do Sincodiv-SP Online.

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