Aquele que nunca se encantou com as obras da sétima arte que atire a primeira pedra. Desde que éramos apenas crianças, os filmes nos fascinam e contam histórias que se misturam com nossas vidas e marcam momentos únicos, mas a arte nem sempre é só arte. A indústria cinematográfica é regida também pelas leis de mercado e nesse ponto as coisas se complicam, especialmente no Brasil.

O cinema brasileiro tem uma história curiosa e, apesar de seu aparente destaque internacional e crescimento nos últimos anos ele ainda está longe de ser uma indústria amadurecida em todos os seus sentidos. Para falar sobre este curioso e complexo assunto o Sincodiv-SP Online conversou com Sérgio Rizzo, professor, jornalista crítico de cinema e atualmente colunista do portal Yahoo! Cinema.

Rizzo começou no jornalismo brasileiro há quase 30 anos e já atuou como repórter, editor, colunista, escrevendo sobre diversos temas, incluindo cinema e esporte. Palmeirense assumido – posição que “exige força e coragem”, diz rindo – é também mestre pela USP (Universidade de São Paulo) e doutorando em Educação Audiovisual pela mesma instituição. Neste Bate-papo, ele comenta com propriedade sobre a indústria nacional e internacional do cinema, destacando fenômenos como a retomada do cinema brasileiro e a tendência dos filmes em 3D. Acompanhe a íntegra, a seguir:

Sincodiv-SP Online: A retomada do cinema nacional se deu a partir dos filmes O Quatrilho e Carlota Joaquina – Princesa do Brasil (ambos em meados de 90). Por que tais obras são tidas como ícones da retomada?

Sérgio Rizzo: Primeiro precisamos compreender que o cinema nacional, desde seu início, tem um comportamento em “ondas”, ou seja, com momentos bons e ruins que fazem um suposto gráfico ondulado das produções e exibições. Os mais pessimistas chegam a dizer até que o cinema brasileiro se mantém em crise, com alguns picos apenas.

O incrível é observar que por quase 30 anos depois da chegada do cinema no país, o Brasil não se preocupou em produzir seus próprios filmes, e só consumiu o que vinha de fora.

Guardadas as respectivas diferenças, podemos comparar a indústria do cinema nacional com a indústria automobilística, ambas marcadas por uma lógica de dependência externa. Nós não temos uma indústria automobilística genuinamente nacional, dentre outros fatores, porque no início de sua história a atividade foi entregue a grupos estrangeiros. Eles vieram, dominaram a maior parte do mercado e tendem a permanecer.

Não foi (e nem é) fácil, portanto, para as produções nacionais se firmarem e ganharem uma fatia do mercado, mas a atividade cresceu a partir dos anos 40 e alcançou grande número de produções nacionais na década de 70 (uma média de 100 filmes por ano).

Dessa forma, a queda trilhou um longo caminho e ocorreu por diversos fatores, bem como a sua chamada retomada, a partir da metade da década de 90.

Os dois filmes em questão se tornaram símbolos da retomada pelos seguintes motivos: Carlota Joaquina alcançou um público de mais de um milhão, apesar de ter sido exibido em poucas salas. E, O Quatrilho foi indicado ao Oscar, o que fez as pessoas olharem com espanto e dizerem “nossa, existe cinema brasileiro”.

Sincodiv-SP Online: Quais foram os fatores que levaram ao retrocesso do cinema nacional entre os anos 70 e 80?

Sérgio Rizzo: Foram muitos. O ponto chave é que o Brasil não dispunha (e até hoje as medidas são muito fracas nesse sentido) de políticas voltadas para o desenvolvimento do audiovisual, ou seja, quem manda é o mercado. Outro fator foi o fechamento de diversos cinemas populares, de grande capacidade, nos centros urbanos e isso ocorreu por conta de especulação imobiliária, aumento da violência nos grandes centros – especialmente durante a noite – e encarecimento dos ingressos, o que afastou o expectador popular.

O encarecimento do cinema se deu também por um modelo de negócio desenvolvido nos EUA nos anos 70 e que chegou aqui tempos depois, modificado e aliado a ideia dos Shoppings Centers. Ao invés de grandes salas com um único filme em cartaz, decidiram criar diversas salas menores com mais opções de películas, se não houvesse mais ingressos para o filme desejado, o expectador pagaria por outro qualquer que estivesse disponível. Esse é o modelo mais consumista que também impele à compra de pipoca e refrigerante, produtos que até hoje são responsáveis por boa parte da renda do cinema.

Com isso, a indústria cinematográfica nacional também caiu, pois sumiu o seu grande público, expectadores das classes B, C e até a D. Com a impossibilidade (por conta do preço, acesso, etc.) desse expectador acompanhar as produções, elas decaíram.

Outra questão foi o fechamento, em 1990 da Embrafilme, empresa estatal brasileira, nascida no final da década de 60, que produzia e distribuía películas. A empresa se tornou a maior distribuidora do país e fez com que as produções nacionais tivessem uma fatia de mercado que chegou a mais de 30% por volta do início dos anos 80. Dez anos depois, mais ou menos, em 1992 (depois de sua extinção), o Brasil produziu um único filme apenas no ano e foi assistido por cerca de 0,5% do mercado apenas.

Sincodiv-SP Online: Houve uma queda de todo o circuito? De produção, distribuição e de espaços para exibição?

Sérgio Rizzo: Sim. E outro fator que também interferiu nesse processo foi a chegada do cinema pornográfico, por volta de 80. Muitos locais foram seduzidos pela quantidade de público que esses primeiros filmes atraíram no início e decidiram aderir à atividade. O problema é que, com o vídeo cassete e passada a euforia, esse mercado retraiu. Entretanto, aqueles que estavam nesse universo ficaram manchados. Um local que exibe este tipo de filme ou um diretor de tais películas ficam marcados e só têm duas opções: ou continuam nesse mercado e se consolidam ou são obrigados a encerrar as atividades, visto que é praticamente impossível se livrar de tal rótulo.

Estes são apenas alguns fatores da queda, como se pode ver, não existe um único motivo para “depressão do cinema nacional”.

Sincodiv-SP Online: E quanto às leis de incentivo fiscal, não ajudaram na retomada?

Sérgio Rizzo: A retomada se deu pelo reaparecimento do cinema brasileiro no mercado nacional e no cenário externo, como já dissemos, e teve vários fatores de influência dentro dos quais os mecanismos de incentivo à produção por meio de benefícios fiscais ajudaram e bastante, mas não se pode dizer que essa foi a solução.

Sincodiv-SP Online: Qual parece ser, então, o grande inimigo interno para o desenvolvimento do cinema nacional?

Sérgio Rizzo: Ausência de políticas voltadas para o audiovisual nacional. Não há planejamento, pensamento a longo prazo, destinação de verbas e etc. Não é o único problema, mas talvez seja o mais forte.

Quando você não tem planejamento, as flutuações do mercado ditam os movimentos e tudo é feito em cima da hora, sem perspectiva. Isso causa vários reveses. Em primeiro lugar você fica sem ferramentas para lutar contra movimentos praticamente canibais do mercado e, pior ainda, você não consegue ter uma continuidade de produções e de todo o resto da cadeia, tudo é muito incerto e não há parâmetros base do que funciona ou não no país.

Além disso, falta plateia popular. Apesar das recentes movimentações das classes sociais (com ascensão da classe C), hoje o cinema é muito caro e somente acessível às classes A e B, principalmente.

Só para se ter uma ideia de como outras nações atentam à essa indústria, na Dinamarca, por exemplo, existe uma verba relativamente grande que o governo destina por ano ao incentivo do cinema de lá. Os dados não são atualizados, mas na época em que os analisei (cerca de três anos atrás) os investimentos daquele país na área correspondiam a todo o valor movimentado pela indústria brasileira de cinema.

Tal verba, lá, é separada entre preservação de películas antigas, ensino na área, produção, e etc. Muitos desses investimentos são chamados de “fundo perdido”, ou seja, a verba cedida não é cobrada de volta, o que alimenta o circuito de lá. O que parece tolo é um pensamento estratégico de incentivo à cultura e à economia, além de posicionar o país no cenário internacional.

O mais interessante, porém, é notar que uma grande fatia da verba tem como alvo as produções infanto-juvenis, que atraem crianças e jovens e trabalham na formação de público adulto. Isso é planejamento a longo prazo, o que falta aqui.

Sincodiv-SP Online: Algumas pessoas falam do ressurgimento do cinema brasileiro a partir do filme Cidade de Deus (2002). Essa visão não seria equivocada visto que o cinema não “faliu” novamente depois da retomada, na década de 90?

Sérgio Rizzo: Sim, é uma visão deturpada. O que se pode falar é que Cidade de Deus foi um marco, assim como Central do Brasil (1998). Foram filmes que começaram a consolidar, no cenário externo, a ideia de que o cinema brasileiro existia e tinha qualidade, já que as produções tiveram indicação ao Oscar, Urso de Ouro, Globo de Ouro, etc. Além disso, marcaram um cinema mais aparelhado, com alto valor de produção (de maneira simples, é um filme que parece ter sido mais caro do que seu custo real) e que já adentrava na economia globalizada, utilizando as mesmas ferramentas dos grandes estúdios internacionais.

Sincodiv-SP Online: Como você vê o futuro do cinema brasileiro? E como poderia melhorar?

Sérgio Rizzo: Justamente pela falta de metas que há na indústria cinematográfica fica difícil prever algo. O que podemos é especular cenários. O cinema precisa crescer, amadurecer e se fortificar, mas para isso precisa de melhorias e de ações que extrapolam o seu campo e alcançam até mesmo a educação escolar. O aluno, hoje, não tem nenhum tipo de base sólida a respeito da arte ou do audiovisual como um todo nas escolas. Não se ensina sobre a história do teatro, da TV, do cinema, etc. A disciplina abarcada de maneira mais intensa é a literatura, mas, se formos a fundo, nem mesmo sobre pintura se sabe, isso cria uma lacuna, a falta de visão histórica e a sensação de que tudo aconteceu de ontem para hoje.

Quanto ao cinema, é preciso a ampliação de todo o circuito. Não adianta apenas produzir filmes se não tiver público ou se esse público não tiver acesso aos locais de exibição (pois esses são poucos) ou se o filme não chegar às salas de exibição ou perderem espaço para filmes estrangeiros.

É necessário incentivar a produção; melhorar, e muito, a distribuição; e aumentar o circuito de exibição, pois, hoje, temos pouco mais de 2.200 salas no Brasil inteiro, um número ridículo se considerarmos que a maior concentração delas está no Sudeste. Existem cidades com mais de 100 mil habitantes e que não possuem cinemas, é absurdo.

As leis de incentivo também precisam ser melhoradas. Elas foram criadas – num momento de sufoco – praticamente 20 anos atrás e ainda vigoram, o que indica que o cenário não está tão promissor e pede outras medidas. Plano de metas, educação, investimento em formação de público, enfim. Assim como não existe um único fator que prejudica o cinema também não existe uma solução “bala de prata” e as medidas precisam ser tomadas em diversas frentes.

Sincodiv-SP Online: Tratando agora de um mercado mais amadurecido, como o dos EUA. A tecnologia 3D recebeu muita atenção após o lançamento do filme Avatar e parece ter lançado (de novo) essa moda. O que significa esse movimento?

Sérgio Rizzo: A tecnologia 3D existe desde os anos 50, mas não “pegou” na época por ser cara e porque a quantidade de cinemas preparados para exibir tais obras era muito pequena. Hoje ela ressurge como uma tentativa de atrair o público. O cinema hoje disputa lugar com muitas outras coisas da vida moderna, e mais, disputa com coisas que podem ser vistas e acessadas do conforto de sua casa por meio da TV, DVD ou Blu-Ray, internet…

A “volta” da tecnologia 3D é tentar oferecer ao expectador uma experiência diferenciada, que ele só terá ali, na sala de cinema. Além disso, do ponto de vista de mercado, o ingresso do 3D é muito mais caro.

Sincodiv-SP Online: Existe uma tendência de que todos os filmes futuros sejam feitos com essa tecnologia?

Sérgio Rizzo: Sim e não (risos). Na verdade, cada vez mais salas se prepararão para este tipo de exibição e, consequentemente, darão preferência para tais obras, por renderem mais no ingresso. Segundo a lógica mercadológica dos EUA, um filme tem de ser rentável no seu primeiro fim de semana de estreia, ou seja, na sexta, sábado e domingo, caso contrário, ele sai do circuito muito mais rápido e é substituído por outro. Se a moda do 3D pegar junto ao público e se tornar preferência, os filmes em geral tendem a seguir a lógica de mercado e serão produzidos com essa tecnologia.

Entretanto, não se pode dizer que todos os filmes assim o serão. Primeiro porque estamos apenas especulando um cenário e muita coisa pode se alterar (a exemplo das televisões 3D que, se conquistarem o mercado, vão obrigar os cinemas a procurarem outra alternativa), e segundo porque os circuitos alternativos de filmes não tendem a aderir tal moda, já que são regidos por lógicas diferentes dos blockbusters.

Sincodiv-SP Online: Atualmente tem se visto que muitas das produções norte-americanas são “remakes” (como King Kong e Onze Homens e Um Segredo, por exemplo) A indústria cinematográfica está falida de ideias ou simplesmente tenta resgatar boas histórias com imagens mais atraentes que não eram alcançadas na época de tais produções?

Sérgio Rizzo: Um pouco de tudo, na verdade. É fato que os próprios profissionais da indústria cinematográfica admitem que estão esvaziados e sem boas histórias para se contar, mas a outra afirmação também é verdade. Se você não conhece uma história, ela é nova para você e, se tiver um elemento que te atraia, pronto! Você foi conquistado e tende a assistir a obra. Não importa, assim, se a história é a Odisseia ou algo novo, a ideia é conquistar o público.

Tal movimento também tem a ver com a agilidade da indústria em responder ao mercado e o reconhecimento, também, de boas histórias que merecem ser recontadas.

Sincodiv-SP Online: E quanto às sequências?

Sérgio Rizzo: Esse é um assunto interessante porque elas começaram a explodir, especialmente, depois de 1980. Claro que muitos filmes nos últimos anos que se tornaram sequências seguem essa lógica de agilidade da indústria e necessidade de esgotar uma história pela falta de algo novo, mas podemos especular algo mais. Esse talvez seja um fenômeno mais recente porque a indústria, antes, não era tão ágil e nem tão preocupada. Explico.

Ocorre que, na época, ainda existiam milhares de histórias a serem contadas e, portanto, ao invés de darem sequência a algumas delas, partiram para contar outras. Outra teoria é que, na época, o mercado além de não ter essa ideia, também não era ágil o suficiente para fazer tais filmes. Entretanto, é interessante imaginar como teria sido uma continuação de Casablanca (1942), por exemplo, ou de o …E o Vento Levou (1939).

Sincodiv-SP Online: Outra tendência interessante são as adaptações não só de livros, mas também de Histórias em Quadrinhos e as chamadas Graphic Novels (como 300 de Esparta, Sin City, Watchmen). O que seria esse movimento?

Sérgio Rizzo: As adaptações de livros (e de outras peças) não são novas, muito pelo contrário, o cinema tem como característica principal, desde seu início, ser um “vampiro” de outras manifestações artísticas.

A questão das adaptações dos quadrinhos e etc. é uma jogada para atrair novos públicos, que já tenham identificação com as obras de outros formatos, além de atrair um público que gostaria de conhecer as histórias, mas preferem uma linguagem mais dinâmica, como o cinema. Se Harry Potter, 300 ou Batman já tinham um público cativo, essa é uma maneira de garantir que pelo menos X pessoas vejam a produção.

Livros são adaptados há anos (não só no Brasil, mas também lá fora – …E o Vento Levou, por exemplo, é adaptação de um famoso livro). As histórias em quadrinhos parecem um fenômeno mais recente porque elas também são um tipo mais “novo” de arte e, consequentemente, só passaram a ser interessantes para o cinema depois que atraiu um grande público.

Sincodiv-SP Online: O que dizer a respeito das produções binacionais/internacionais? Seria um fenômeno de um mundo cada vez mais globalizado?

Sérgio Rizzo: Essa é mais uma daquelas questões de “sim e não”. O cinema mundial já tem, desde seu nascimento, a característica de romper barreiras geográficas por contar histórias com as quais as pessoas criam identificação não apenas no local em que foi produzido, mas em diversos outros. Podemos dizer que cinema já tinha a pretensão de ser globalizado antes mesmo de a expressão ser cunhada. O fenômeno, na verdade, não são as co-produções, mas sim o volume atual delas. Isso sim merece atenção.

Podemos especular que tais obras, hoje, têm um volume maior por diversos motivos, desde a facilidade de transporte e comunicação entre locais, até o que eu acho que seja mais provável, uma redução de custos aliada a soma de experiências.

Filmes binacionais, por exemplo, podem captar recursos de duas fontes diferentes e se valerem de leis de incentivos de mais de um local. Um filme feito por um brasileiro e por um argentino, por exemplo, será um filme brasileiro em nosso país e argentino lá, podendo captar recursos de ambos os países e ainda projetar duas nações no cenário internacional.

Sincodiv-SP Online: Qual você acredita que será a grande tendência do cinema blockbuster futuramente? Haverá mais intercâmbio de produções? Histórias como “Quem quer ser um milionário?”, um sucesso produzido com orçamento mais racional, pode ter dado o primeiro passo para uma nova leva de filmes de sucesso?

Sérgio Rizzo: “Quem quer ser um milionário?” não é exatamente um filme que abre uma tendência, muitos indianos mesmo odiaram o filme e acham que o recorte feito não se aplica à realidade. Na verdade, existem fortes especulações de que ele só ganhou o Oscar de melhor filme porque a Academia não gosta de David Fincher, diretor do principal concorrente naquele ano: “O curioso caso de Benjamin Button”.

É claro que o filme ganhador tem seu mérito, mas, se formos falar de tendência, é muito mais fácil dizer que “Quem quer ser um milionário?” entrou numa “moda” e não inaugurou uma. Para muitos, esse pode ser um dado curioso, mas se compararem as duas películas, “Quem quer ser um milionário?” absorveu muita coisa do nosso brasileiro Cidade de Deus. A fotografia tem diversas semelhanças, os takes, as sequências de perseguição pelas ruas da periferia, etc.

Quanto às possíveis tendências do cinema de grande bilheteria, eu diria que elas tendem a seguir a lógica de mercado e oferecer mais, sempre mais. Assim como o 3D, o cinema tende a apelar para a criação de sensações, quase que sem limites. Mais “barulho”, mais imagens fantásticas, apelo. A ideia é que os estímulos não tenham fim.

A sedução não estará mais somente na história, como já foi um pouco no passado, mas na sensação criada através dos estímulos a diversos sentidos.

Conteúdo produzido por Moraes Mahlmeister Comunicação. Entrevista realizada e redigida por Renan De Simone, editada por Juliana de Moraes. Publicado pelo site do Sincodiv-SP Online em fevereiro de 2011.

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