Economista chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita avalia que a perspectiva internacional vista pela instituição financeira que representa engloba várias vertentes, dados os movimentos que estão em curso nas principais economias do mundo, em especial EUA e Alemanha.
Ele esteve no 27º Congresso & Expo Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), em 08/08, na capital paulista, palestrando sobre o cenário econômico brasileiro e a respeito das reformas, abrindo também espaço para traduzir a visão de sua organização sobre o mercado externo e seu impacto nas economias emergentes, dentre as quais o Brasil.
“O Fed (Banco Central norte-americano) deve subir gradualmente as taxas de juros, retirando incentivos e subsídios aos poucos. Angela Merkel deve ganhar na Alemanha em 2018 e, com Macron na França, a economia mundial deve continuar crescendo vagarosamente, mas com cenário positivo para os emergentes, pois os bancos dos países desenvolvidos vão desacelerar os estímulos e sua política expansionista”, conta.
Estados Unidos no centro das atenções
As preocupações, para ele, podem vir dos EUA, pois até outubro deste ano o país pode ficar sem dinheiro e ter de emitir títulos da dívida pública, mas como lá há lei que proíbe emissão sem controle dos papéis, Donald Trump, presidente dos EUA, terá um difícil cenário para pleitear o aumento da margem de gastos.
“Ainda em relação a Trump, o clima com a Coreia do Norte pode piorar, o que geraria mudanças no cenário geopolítico, isso seria muito mais preocupante do que o cenário econômico dos EUA”, diz Mesquita a respeito da tensão do armamento do país asiático.
Ele ainda revela que o cenário mexicano é incerto por conta da permanência do país ou não no Nafta (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio, na sigla em inglês) devido às ideias de Trump nos EUA quanto a questões imigratórias e econômicas.
Conteúdo produzido por Moraes Mahlmeister Comunicação. Texto de Renan De Simone; edição e revisão de Juliana de Moraes. Publicado pelo site do Sincodiv-SP Online.
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Renan De Simone 