Renan De Simone

Mídias sociais: na internet, aprender é novidade permanente (agosto/2010)

A internet não é novidade para ninguém, mas as diversas maneiras de se utilizar as ferramentas que, diariamente são criadas, com certeza, são. Nessa turbulência de entender o que são os famosos sites de relacionamento, programas de mensagens instantâneas, microblogs ou blogs clássicos mesmo, muitas vezes não compreendemos como utilizar tudo isso de maneira eficiente e, mais ainda, não vemos como as tais mídias sociais podem nos ser úteis dentro das empresas.

O ambiente corporativo é sempre movido por descobertas e inovações, mas é regido por algumas regras básicas. Uma delas é que sem comunicação eficiente, as coisas não se desenvolvem como o esperado, já que o alcance das metas fica muito dificultado sem um alinhamento de todos os parceiros e colaboradores.

É por isso que o ambiente virtual e, em especial, as mídias sociais têm tanto apelo. Tais canais são rápidos, dinâmicos, transparentes, atingem diversas idades e oferecem uma oportunidade incrível de feedback e interação.

Apenas para se ter ideia do volume de informação e do tamanho do público potencial dessas mídias, o acesso à internet em qualquer ambiente (residências, trabalho, escolas, lan-houses, bibliotecas etc.), considerando os brasileiros de 16 ou mais anos de idade, chegou a 67,5 milhões de pessoas no quarto trimestre de 2009, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Ibope. E, isso sem considerar adolescentes abaixo dos 16 anos e a possibilidade de integração internacional que tais mídias oferecem.

De acordo com o levantamento Hitwise Serasa Experian (realizado no segundo semestre de 2009), 62% do tráfego da internet brasileira são provenientes da utilização das mídias sociais, ou seja, as pessoas estão utilizando esses espaços e ferramentas e não podem ser ignoradas.

Outra pesquisa do Ibope, realizada em 2010, aponta que 85% dos internautas brasileiros ativos acessaram alguma rede social em suas casas ou no trabalho em março deste ano (2010). Este é o maior índice do mundo (o segundo colocado do ranking, a Itália, ficou sete pontos percentuais abaixo nesse quesito), o que indica que o brasileiro é muito adepto das mídias sociais e se você, empresa, quer atingir esse público, deve então falar através dos canais que ele utiliza.

Apenas a título de exemplo, a marca de veículos Land Rover lançou seu último modelo, o Evoque, em diversas mídias, incluindo as sociais. Na internet, a marca fez campanhas específicas em portais especializados, pelo Twitter e pelo Facebook. Em menos de dois dias 1,8 milhão de pessoas já tinham assistido ao novo vídeo do carro e o assunto virou um dos tópicos mais comentados da Inglaterra pelo Twitter.

Trata-se de uma mostra simples de como lançar um produto e estabelecer um relacionamento direto e com resposta igualmente direta do público. Portanto, se utilizadas de maneira correta e focada, as mídias sociais demonstram um apelo e uma proximidade muito grande com seus alvos e a resposta das ações é bem ágil.

Não se trata de julgar eficiência de um meio contra outro e sim de ressaltar novas possibilidades, inclusive o fato de que tais mídias podem ser complementares as já existentes. Mais ainda, canais tradicionais de comunicação, quando combinados com as novas ferramentas virtuais, propiciam uma melhor maneira de se comunicar com os públicos de interesse e até mesmo criar valor agregado à imagem da empresa.

Assim, trabalhar a comunicação da organização é essencial para que ela se solidifique, ganhe credibilidade com seus parceiros e clientes. O cenário atual comprova que a atenção dos públicos está dispersa, mas uma coisa é certa: parte dela está voltada para o ambiente na web e suas interfaces de comunicação.