Há um pássaro que posso ver da janela do meu escritório.
Ele é grande e insiste em voar pelo céu azul com as asas bem abertas, planando, girando, passando entre os prédios e se divertindo. Ele exibe sua liberdade como um troféu. A vista pode não ser das melhores para ele, mas ele está acima de tudo isso. Os prédios e asfalto não importam quando você voa e sente o vento na face, ou no bico, no caso.
Sei que é uma provocação, uma exibição de liberdade do tipo "ei, você se acha racional, mas quem é que está aproveitando o dia? Voar não é para o seu bico", ele diz (com o perdão do trocadilho).
Ele tem razão.
No almoço, comi carne de ave. Só para me vingar!
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