Mini-Depressões

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Pequenas depressões do dia a dia. Coisas aparentemente insignificantes que podem destruir nosso dia.

 

  • Você colocar aquela talagada de pasta de dente na escova e ela cair e grudar na pia.

 

  • Pegar um copo e colocar o açúcar ou adoçante e só depois ver que o café já acabou.

 

  • Atender ao telefone super empolgado e ver que a outra pessoa já desligou – variação dessa é se empolgar contando um fato e perceber que a ligação caiu quando você disse “sabe quem eu encontrei hoje?”.

 

  • A pessoa te liga, você atende e a ligação cai. Você tenta ligar de volta e a outra pessoa também tenta ao mesmo tempo, não conseguem se falar. Quando percebe o que está acontecendo, você larga o telefone e não sabe que a outra pessoa fez o mesmo. Nunca mais se falam e causam uma crise na amizade (obrigado operadoras de telefonia móvel).

 

  • A coca não abre, o palmito não abre, a capa da bateria do celular não abre; o tupperware não fecha, a torneira não fecha (e pinga irritantemente), a geladeira não fecha (porque tem uma coca – que não vai abrir quando você quiser – batendo na porta).

 

  • Você fecha a mala pelo zíper da esquerda e vê que ele está quebrado, fecha pelo da direita e ele “fechabrindo”…

 

  • Precisa trocar o chip do celular rapidamente, quebra a unha, vira o dedo, estraga a tela do cel, arranca a película… desiste e arca com o prejuízo de 450 reais.

 

  • Você compra sua bolacha (desculpem-me cariocas) preferida, demora 5 minutos para achar a fitinha de abertura, a fome passa de raiva.

 

  • Você compra sua bolacha (desculpem-me, novamente, cariocas) preferida, demora 5 minutos para achar a fitinha de abertura, encontra, puxa e ela arrebenta no meio do caminho e não abre o pacote.

 

  • Você compra sua bolacha (ah, não encham, cariocas) preferida, demora 5 minutos para achar a fitinha de abertura, puxa, o pacote abre completamente. As 3 primeiras bolachas estão no modo “farofa” – a fome passa de raiva.

 

  • Você morde a bolacha de água e sal, ela quebra em oito pedaços e, misteriosamente, nenhum deles permanece dentro da sua boca.

 

  • Você quer conquistar a pessoa e, no jantar, ela faz o comentário mais espirituoso quando você acabou de dar a melhor golada no refri. Você falha veementemente na conquista enquanto vaza coca-cola pelo nariz.

 

  • Vai colocar a chave na argola do chaveiro, quebra a unha, perde um pedaço do dedo, tudo pula da sua mão. Você perde a argola, o chaveiro, a chave, não entra mais em casa e vira mendigo.

 

  • O termostato do mundo está proporcionalmente inverso às suas decisões. Se cobre e passa calor, se descobre e passa frio.

 

  • Vai escrever e a caneta não funciona. Rabisca o canto do papel e ela escreve. Volta para o local da anotação e ela não funciona…

 

  • Acorda e tenta colocar os chinelos antes de tomar café. Fica meia hora tentando encaixar o dedo, mas está calçando pela frente. Ajeita e encaixa o dedo, os pés estão invertidos.

 

  • Precisa estacionar, passa em frente ao estacionamento caro e ignora, procura vaga na rua, dá três, quatro voltas no quarteirão e não encontra. Estaciona, paga 25 reais adiantado, sai do estacionamento e encontra uma vaga em frente ao local que quer ir.

 

  • Você posta, ninguém vê. Seu colega copia e posta como dele, todos veem e curtem e parabenizam, ele ganha um Nobel e um cruzeiro para as Bahamas, tira foto com o Obama e ganha um seriado só dele.

 

  • Você está doente por duas semanas, decide ir ao médico e acorda como o homem mais saudável do mundo – variação é o efeito “preciso cortar meu cabelo e estou sem tempo” por oito semanas e, quando arranja tempo “meu Deus, ele nunca esteve tão bom”.

 

  • Você checa a agenda todos os dias e não tem nada. Você não checa a agenda um dia e perde o aniversário de Deus!

 

  • “Mãe, precisa de mim para algo?”, “não, filho”. O videogame é ligado. “Filho, pode lavar a louça, a cozinha, colocar o lixo para fora, construir estes três prédios, escrever a ilíada de próprio punho, levar o cão pra passear, fazer o jantar e descobrir a cura para o câncer? Obrigada…”.

 

  • “Esse final de semana queria fazer algo”, nada para fazer… “Esse final de semana queria ficar só no sofá” – Chegam oito convites de casamento, três aniversários e dois churras da galera da facul no qual confirmaram open de tequila e presença da Scarlett Johansson.

 

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Publicado por

RDS

Jornalista, escritor, metido a poeta e comediante. Adorador de filmes e livros, quem sabe um filósofo desocupado. Romântico incorrigível. Um menino que começou a ter barba. Filho de italianos, mas brasileiro. Emotivo, sarcástico e crítico, mas só às vezes.

Um comentário em “Mini-Depressões

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