Obrigado pelos parabéns – ou sobre os 28 anos

IMG-20150308-WA0002Provavelmente é batido, mas não me importo muito com isso. As pessoas dizem que a vida é cíclica, então os clichês têm de se repetir porque continuam a tocar o coração.

No último dia 19 de março (quinta-feira) fiz mais um aniversário. Num primeiro olhar, nada de mais. Alcancei 28 anos (e escuto uma plateia gritando “Velhooooo!”), sobrevivi mais 12 meses desde que comemorei os 27. Nada glorioso, pelo menos não em números.

No entanto, esse texto não é sobre mim, mas sobre todas as pessoas que me cercam, que eu amo e que sinto que me amam ou têm apreço por mim. Assim como gosto delas e as respeito.

É este um agradecimento, um obrigado gigante por todos os parabéns, por todas as mensagens, lembranças e tudo o mais.

Claro que ganhei presentes. E agradeço a todos os que me deram. No entanto, o melhor presente que me dão são palavras, letras, mensagens.

Vivo disso, desde algum momento em minha infância algo marcou em mim a ponto de eu não conseguir viver sem escrever e, principalmente, sem ler.

Leio, saboreio cada mensagem, cada palavra, cada letra batida para completar um “Felicidades”.

Eu disse nessa quinta-feira que um obrigado às vezes é a única coisa que posso oferecer em troca de tudo isso, meio balbuciado, baixo, para não ofuscar o prazer que me dá as diversas vozes que comigo falam. E é verdade!

Entretanto, apenas uma palavra parece tão pouco. E não há nada para substituir nesse momento.

Uma vez um amigo meu me criticou porque conversávamos e depois ele escreveu um texto sobre como algumas músicas eram “viscerais”, tocavam num ponto indizível. Dias depois tentei escrever um texto falando do assunto e me dei mal porque tentei explicar as músicas. Estraguei. Não capturei nas palavras aquilo que só o coração sabia pulsar.

Meu amigo foi claro. Não dá pra dizer o que é visceral, eu estraguei a sensação tentando explicar.

Por isso que agora não explico, apenas agradeço.

Agradeço as mensagens no dia do meu aniversário. Agradeço a presença dos queridos e queridas, in loco ou virtualmente. Agradeço aqueles que não conseguiram se comunicar comigo no dia e resolveram dar os parabéns antes, ou atrasados, um tempo depois. Não se iludam, não importa quando, importa o quê! Eu me sinto agraciado sempre, com um dia ou um ano de atraso!

Se os muitos anos de vida que me desejaram vierem sempre com essa emoção deliciosa de compartilhá-los com todos vocês… Pois bem, que venham.

Aceito a velhice e degradação do meu corpo, aceito a experiência e tolice de crescer, aceito a verdade de nunca compreender toda a verdade do mundo, muito menos poder explicá-la. Aceito vocês, todos vocês. E sorrio piscando pra Deus por isso antes de adormecer!

Publicado por

RDS

Jornalista, escritor, metido a poeta e comediante. Adorador de filmes e livros, quem sabe um filósofo desocupado. Romântico incorrigível. Um menino que começou a ter barba. Filho de italianos, mas brasileiro. Emotivo, sarcástico e crítico, mas só às vezes.

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