Os homens começam ambiciosos. Não há uma idade certa, mas tão logo entendem que desejam mulheres, desejam todas. Daí a consciência fala mais alto e eles percebem que não podem, obviamente, terem todas.
É aí que começam a estabelecer metas mais realistas:
– Mil já está bom, não mais que isso, quero provar mil mulheres e basta. Dentro desse rol deve haver um pouco de tudo. Eu me contento com isso.
Com o passar do tempo as coisas se complicam um pouco, talvez não seja tão fácil quanto parece “provar” de todas essas beldades ou, então, caso se queira alcançar tal número de verdade, é preciso abrir mão de parte da qualidade… pelo menos estética.
Vêm assim os números cabalísticos.
– Quero 100 mulheres…
– Quero 77…
– Quero 50…
Passam então ao alfabeto:
– 26 está perfeito.
Vinte e seis mulheres, uma com o nome iniciado com cada letra do alfabeto. Existem alguns problemas para se encontrar uma Walquíria ou uma Wanessa com “W” que não seja um travesti. O Y e o K que pareciam as mais difíceis nem sempre são o problema. As Kellys e as Yasmins dão conta. O “Q” e o “i” se mostram muito mais complicados.
Desistem, o alfabeto complica demais as coisas e nem sempre se pode ler o nome antes do caso.
Preferem algo com substância, significado, passam aos signos. Uma de cada casa zodiacal. Escorpianas são demoníacas, Leoninas mandam em você e as Virgens (Virginianas) são quase impossíveis de se achar. Sem falar nas de Câncer, que têm o tratamento caro demais.
Pensam em uma de cada continente, cinco diferentes. Mas todas que encontram são misturadas, nenhuma de um local puramente apenas. Deixam de lado a empreitada, até porque não concluíram o curso de inglês e espanhol, o que atrapalha a comunicação.
Resolvem, então, aos 45 ou 89 anos, amadurecerem. Entendem que rótulos de nada valem.
É aí que se contentam com duas mulheres na vida apenas. Que de preferência nunca tenham se conhecido…
… e uma última que não seja coxa!
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