Salve Gonçalves
Minha terra tem asfalto,
Onde grita o trafegar;
Os carros, que aqui rodeiam,
Não rodeiam como lá.
Nosso céu tem mais cinzas,
Nossas ruas têm mais gentes,
Nossos peitos têm mais gritos,
Nossa “ilha” é bem mais quente.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem asfalto
Onde grita o trafegar.
Minha terra tem problemas,
Que tais não encontro eu cá;
Mas em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem asfalto,
Onde grita o trafegar.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Minha Sampa, tão São Paulo,
Que tanta crise me dá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu ainda me veja lá;
Sem qu’inda aviste as ruas,
Onde grita o trafegar.
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