Conselhos…

árvore Eu sou o cara que adora falar, seja dos outros, para os outros ou de mim mesmo.

Um tanto fútil? Quem sabe? E, mais importante, por que não? Parece-me haver na futilidade uma essência impermeável de verdade. As impressões que boiam nas aparências definem, em parte, nosso real caráter.

Mas o caráter, a realidade e até mesmo a verdade, são conceitos eternamente discutíveis. Não falo que há um molde, um padrão, que haja uma única maneira. Mas seria impossível me olhar nos olhos sem que eu soubesse haver em mim uma forma singular de olhar a vida, de encará-la e às vezes ser fulminado por seu olhar. Por isso, carrego minhas verdades, meu olhar e uma carta na manga… não é um Ás, mas sim um coringa. Algumas vezes é preciso se adaptar.

Ficam os conselhos.

Mantenham o movimento, mantenham sua essência. Saibam que o passado é o que lhes define hoje. Por experiência própria sei que ele volta, e muito melhor, diga-se de passagem.

Mantenham, acima de qualquer coisa, a certeza de que saber, ou parecer saber, não é errado. Desde que se acredite profundamente nisso. Traduza isso para os sentimentos e sonhos e o resto vira pó. Qualquer esforço é válido, todos são recompensados e ninguém tem a mínima ideia de onde tudo isso vai dar.

Deus é um cara legal, mas às vezes acorda de bunda virada. Saiba que é bom dar-lhe atenção, mas nenhuma obsessão é boa. Se tiver que gritar com ele, faça, mas tenha humildade pra voltar atrás caso perceba algum equívoco.

Saiba pedir desculpas, não tenha vergonha de dizer verdades.

Guarde segredos. Aquilo que não pode contar, bem… é o que o torna importante e valioso para alguém, nem que seja pra você mesmo ou pro seu cão que mijou no canto da sala e te olhou de maneira clemente pedindo para que você não contasse para ninguém, mesmo tendo que limpar.

Bem, é difícil dar conselhos, especialmente pela falta de credibilidade, você provavelmentenão sabe quem sou.

Não importa, nos conhecemos agora: sou um cara apenas, um bobo risonho dizendo para acreditar, duvidar, pensar e nunca, nunca perder sua jovialidade e capacidade de gargalhar das coisas mais idiotas e de si mesmo. Afinal, todos fomos um girino albino um dia e isso serve pra lembrar o quão somos ridículos e especiais por nos desenvolver tanto, mesmo sabendo que alguns, tendo chegado primeiro, não eram, nem de longe, os mais rápidos.

E você? Qual o seu conselho?

Publicado por

RDS

Jornalista, escritor, metido a poeta e comediante. Adorador de filmes e livros, quem sabe um filósofo desocupado. Romântico incorrigível. Um menino que começou a ter barba. Filho de italianos, mas brasileiro. Emotivo, sarcástico e crítico, mas só às vezes.

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