Perdão relativo

Barack Obama amnistia um peru na Casa Branca

Perdão é uma coisa bem relativa. Hoje o Obama perdoou um peru, não, não me refiro ao país Peru, mas sim a um animal, um peru, desses bem gordos e bonitos que já nos fazem imaginar uma bela ceia de natal regado à coca-cola e cantigas da época.

Ele perdoou o bicho porque era ação de graças e o peru de nome Courage se livrou da panela. Esquisito que essas coisas de perdoar outros é um tanto estranha. Afinal de contas o Obama não perdoou ninguém, ele apenas deixou de comer a porra do peru, ou seja, se alguém deve ser perdoado ali é o próprio presidente e não o animal.

A história do peru teve final feliz, bem como aquela do casal que penetrou no jantar da Casa Branca e acabou postando suas fotos nos tais sites de relacionamento. O serviço secreto ficou louco mas, se o pessoal só queria uma comidinha melhor e uma foto com os bacanas do momento do jantar indiano, qual o problema? Acho que a novela da Globo subiu à cabeça das pessoas, mesmo do outro lado do mundo.

Nesse caso acho fácil perdoar o casal também, situação um pouco mais difícil do que a daquele pai que chamou a polícia por conta do problema de seu filho com drogas e, quando as autoridades chegaram, o jovem esfaqueou um policial e acabou sendo alvejado por 12 tiros, o que culminou em morte.

Imagino como devam se sentir o pai do garoto e o policial, ambos tomaram atitudes de acordo com o que achavam ser o certo para o rapaz e a coisa saiu toda torta. O pai que queria uma ajuda de fora acabou com o filho morto e o policial no exercício de sua função, como gostam de relatar, acabou esfaqueado e assassinando alguém… digo, atirando em legítima defesa.

Bem, o casal conseguiu sua comida e fotos e foi embora, o peru viveu para ver um novo amanhã e o garoto, finalmente voltou ao PÓ!

É como eu digo, perdão é uma coisa complicada, por exemplo, quantos me perdoaram pela piada infame e de humor negro no final?

Publicado por

RDS

Jornalista, escritor, metido a poeta e comediante. Adorador de filmes e livros, quem sabe um filósofo desocupado. Romântico incorrigível. Um menino que começou a ter barba. Filho de italianos, mas brasileiro. Emotivo, sarcástico e crítico, mas só às vezes.

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