Sorte I

Eba! Entrei na minha semana de sorte de novo. Pra quem não me conhece, saiba que é mentira. Refiro-me, na verdade, à minha semana do azar. Tenho pelo menos uma por ano. Mínimo! sim, deprimente.

Quem me conhece sabe que sou um cara positivo, não deixo me abalar por pouco e uma semana assim pode me irritar em alguns momentos mas nao vai me fazer perder as estribeiras, eu acho!

Ela começou na terça a noite, meu azar. De repente comecei a sentir uma dor de garganta bem estranha, daquelas que não raspam literalmente e nem ficam doendo direto, mas que irritam, vão e vem e fazem doer apenas um lado da garganta. Estou rezando pra ser uma dor de garganta. Convenhamos que câncer, na minha família, já ficou meio batido, o pessoal podia ter uma idéia melhor.

Começou com uma dor de garganta (que ainda aqui está) e aumentou: na mesma terça de noite, quando fui deixar minha namorada em casa, passei pela rua de um amigo e vi seu cão na rua, preso para o lado de fora do portão. Fui colocá-lo pra dentro e sei que ele não me morde. Mas o filho da mãe é afobado e pulou bem na hora em que eu abria o portão. Resultado: deixei um bife do dedo no ferro do batente daquela merda.

Com o dedo sangrando como uma cena de jogos mortais fui pra casa da minha namorada e a mãe dela quis fazer um curativo. Fui ao banheiro, lavei a ferida (e vocês sabem como é delicioso lavar uma ferida recém aberta). Quando tinha tirado todo o sangue e estava pronto para colocar um band-aid, só até aquela porcaria coagular, minha “sogrinha” veio com um ‘sabonete anti séptico’ e quis lavar de novo… e mais forte.

Depois da sessão tortura, jogou um daqueles produtos que ardem, mas todo mundo sabe que não funciona e dá câncer. Na dúvida, tomei cuidado pra não acertar minha garganta.

Coloquei o curativo e fui dormir por lá mesmo. Pra ser bem direto. Acordei pensando que era um horário e era outro, ou seja, atrasado. Esqueci minha jaqueta na casa dela, fui pro trabalho e bateram na traseira do meu carro enquanto eu estava parado… o incrível é que o cara conseguiu bater a traseira dele na minha, ou seja, se fosse valer a lei do ‘quem bate atrás é que etá errado’, eu tava ferrado.

Depois disso, é claro que cheguei atrasado ao trabalho. Mas não parou por aí. O monitor do meu servidor fez questão de pifar… só pra atrasar meu trampo.

Meu carro ferveu, começou a pedir óleo no caminho de volta. Hoje tive de acordar muito mais cedo entre tarefas de filho e do trampo o que me deu uma boa dose de sonolência durante o dia. E ainda fiquei esperando por um texto que nunca chegou… tudo isso regado a muito frio.

Publicado por

RDS

Jornalista, escritor, metido a poeta e comediante. Adorador de filmes e livros, quem sabe um filósofo desocupado. Romântico incorrigível. Um menino que começou a ter barba. Filho de italianos, mas brasileiro. Emotivo, sarcástico e crítico, mas só às vezes.

Um comentário em “Sorte I

  1. Sem comentários lindo…rsrsrsrs
    Deve ter doído, eu sei, mas só quem viu a cena do cachorro prendendo seu dedo no portão tem idéia do quanto foi engraçada sua reação…kkk (calma, já passou, não precisa bufar de raiva só de lembrar…RS)

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